Snorri Sturluson (1178/1241) escreveu a Edda em prosa (acima), no ano de 1220, base da mitologia nórdica. A Edda divide-se em três partes:
1) Gylfaginning: é a "visão" ou alucinação" de Gylfi", onde sabemos da criação e destruição do mundo, e sobre os deuses nórdicos;
2) Skáldskaparmál: é um diálogo sobre o deus do mar (Ægir), e o deus da poesia (Bragi);
3) Háttatal: exemplifica os tipos de versos usados na poesia em língua nórdica antiga.
Segundo a Edda, Imer foi a primeira criatura viva, criado pelo calor de Muspelheim, que derreteu o gelo de Niflheim. Foi dele que nasceram os demônios e duendes. Assim como Imer, o gelo deu vida a Audumbla, a deusa mãe que tinha a forma de uma vaca.
Das tetas de Audumbla nasciam quatro rios de leite, e ela se alimentava do sal que o gelo continha. Enquanto Imer bebia o leite de Audumbla, ,ela lambia o gelo.
E, foi lambendo o gelo que ela deu vida a Buri, pai de Borr, avô de Odin e bisavô de Thor. Abaixo, os deuses primordiais:
Essa lenda me lembra de uma música de Caetano Veloso, chamada Vaca Profana. Lembrando que não só para os nórdicos, mas também para os indianos, a vaca é considerada um animal sagrado:
Respeito muito minhas lágrimas
Mas ainda mais minha risada
Inscrevo, assim, minhas palavras
Na voz de uma mulher sagrada
Vaca profana, põe teus cornos
Pra fora e acima da manada
Vaca profana, põe teus cornos
Pra fora e acima da man...
Ê, ê, ê, ê, ê,
Dona das divinas tetas
Derrama o leite bom na minha cara
E o leite mau na cara dos caretas
Se você quiser ouvir a música, cantada por Gal Costa, acesse aqui: http://www.youtube.com/watch?v=MjCkYMVrGxU&feature=player_embedded
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